segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Auto-avaliação
Fim de semestre e é hora de nos auto-avaliarmos.
Como foi a disciplina de “Mídia e Poder” pra mim? O que ela agregou para o meu conhecimento?
Bom.... Foram quase quatro meses em contato com grandiosos textos de diversos autores como Manuel Castells, Pierre Levy, Caio Túlio Costa, Marilena Chauí, Octávio Ianni.e vários outros que com certeza contribuíram para que eu formasse uma opinião sobre o poder que a mídia exerce na sociedade e compreender os fatos atuais que vêem ocorrendo.
Também tivemos contato com quatro grande obras, os filmes “Cidadão Kane” e “A montanha dos sete abutres”, e com os livros “1984” e “Admirável mundo novo”. Gostei muito das análises feitas sobre essas obras e achei muito interessante o fato de serem obras tão antigas com temas tão atuais pra gente.
A disciplina de “Mídia e Poder” me deu ferramentas para pensar sobre as influências positivas e negativas que a mídia exerce sobre a sociedade e pude perceber o quanto é necessária a ética profissional principalmente nesse meio.
Com certeza o que essa disciplina mais agregou para minha formação foi oportunidade de pensar, discutir e de analisar as idéias e pensamentos de grandes autores.
A metodologia
A disciplina
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Cibermarketing
O número de conexões por dia nos sites da web está substituindo a audiência da TV e o IBOPE como índice de entrada na consciência global.
A televisão e as mídias de grande difusão irão se transformar, pouco a pouco, em espaços publicitários para sites e web. As mídias clássicas se tornam tipos de órgãos grosseiros de orientação geral da atenção, em direção à zonas de espíritos coletivos localizados no cibersepaço, onde as experiências virtuais, as transações e as conexões entre as idéias são muito mais sutis, rápidas e livres.
Muitos sites da web, sobretudo os das grandes marcas, são de fato zonas publicitárias interativas, lojas virtuais que dão acesso não somente à informação, mas igualmente às possibilidades de encomenda e de compra. Além da publicidade que faz em jornais, na televisão ou em outros sites da web.
Sendo assim, as empresas concorrentes no mercado devem ocupar as zonas de espírito coletivos para sobreviverem.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Organizações e Web 2.0
Os planejamentos de comunicação das empresas ainda são muito conservadores. Quando o assunto é comunicação e relacionamento com o cliente, normalmente as empresas optam por modelos tradicionais.
Porém, com o surgimento da web 2.0, a comunicação social das empresas teve que se adaptar para atender a velocidade e interatividade desse novo mercado.
Nesse cenário, as empresas estão sendo obrigadas a terem uma comunicação integrada, unificando todas as áreas do tripé organizacional, Relações Públicas, Jornalismo e Publicidade.
A internet é o principal pivô dessas mudanças. No início, as empresas a utilizavam apenas para divulgarem o site e apresentarem algumas informações institucionais, mas hoje em dia importantes negociações são realizadas por esse meio e grandes benefícios econômicos estão sendo observados.
Quando uma empresa pensa em uma estratégia online como questão principal da comunicação, ela tem em mente realizar uma relação bilateral de mão dupla com seu público, que com certeza resulta em uma interação permanente.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
O poder da Blogosfera
The Jeffrey Group, a maior agência internacional independente de Relações Públicas, apresenta seu estudo exclusivo sobre a blogosfera na América Latina e revela que ela está cada vez mais consolidada, impactando mais pessoas e crescendo mais que a internet na região.
Intitulado de “The Blogosphere in Latin America: An Analysis of the Region’s Webfluentials®” (A blogsfera na América Latina: uma análise regional da influência Web), o estudo examina os impactos e padrões de blogar na América Latina e apresenta esta tendência como um crescente meio de comunicação com potencial para impactar fortemente os negócios e organizações.
O estudo foi conduzido para entender melhor e se comunicar com a blogosfera e entender como ela impacta a comunicação por toda a América Latina no presente e no futuro, afirma Jorge Ortega, Presidente da The Jeffrey Group. “As estatísticas da penetração da internet na América Latina estão alcançando os recordes de crescimento e impacto da blogosfera na mesma região está próximo à realidade dos Estados Unidos. Com base em números exorbitantes, nós pressentimos que o desenvolvimento e o impacto da blogosfera na região demandavam uma análise aprofundada”.
A agência organizou um estudo para investigar as tendências em expansão que estão modificando a maneira que a organizações, pessoas comuns e a mídia se comunicam online.
O relatório analisa o estágio atual da blogosfera na América Latina, seu futuro e as influências que ela exerce sobre as corporações e instituições. Soledad Laborde, pesquisadora e antropóloga da The Jeffrey Group em Buenos Aires, conduziu o estudo e coordenou várias entrevistas pessoalmente com os principais bloggers no Brasil, Argentina, México e Venezuela.
A pesquisa contemplou os 175 blogs mais acessados na América Latina especializados em assuntos diversificados, como tecnologia, política e notícias de interesses gerais. O relatório também apresenta exemplos da influência dos blogs e casos cujo posicionamento dos blogs (posts) afetaram o comportamento das organizações e seu relacionamento com a comunidade e o mercado.
“O estudo revela que o impacto do blog pode influenciar a mídia tradicional, assim como a percepção pública das empresas, organizações, instituições públicas e sociedade como um todo”, declara Laborde. “Os blogueiros da América Latina estão conquistando um aumento de poder e influência que sustentam seus comentários (posts) com pontos de vista, e o impacto que os blogs deles têm no país pode até mesmo, cruzar as fronteiras”.
Os destaques deste estudo incluem:· Os blogueiros se desenvolveram frente a uma onda de formadores de opinião e influenciadores que atingem jovens, consumidores potenciais e uma nova geração de formadores de opinião. Eles são um meio de interação com o mercado. · Jornalistas são autores de 61 dos 168 blogs pesquisados nos quatro países estudados pela The Jeffrey Group. A maioria justificou que a liberdade editorial é o motivo principal de manter um blog. ·
A cobertura da mídia na América Latina entre blogs e blogueiros é difundida. Entre as centenas de artigos revisados durante seis meses, a The Jeffrey Group encontrou 11.572 menções de blogs e blogueiros nos quatro países estudados. · De acordo com o Target Group Index (TGI), um estudo de mercado global com fonte única de pesquisa, foi estimado que existe 9,1 milhões de blogueiros na América Latina em 2007, ou 7% dos usuários de internet latino-americanos. Esta média é apenas um pouco inferior à média dos internautas dos Estados Unidos: 8% deles são blogueiros.
Também, de acordo com o TGI, o uso da Internet na América Latina cresceu 590% entre 2000 e 2007, o dobro da média mundial. O estudo evidencia o crescimento da influência, legitimidade e alcance dos blogs e blogueiros. Consequentemente, as organizações devem aconselhar propriamente e como parte de uma estratégia de comunicação mais ampla, aprender a se relacionar neste contexto e responder a este tipo de comunicação. O estudo aponta ainda que os blogueiros latino-americanos devam ser vistos como alvos estratégicos e profissionais que se utilizam da comunicação digital online para atingir estrategicamente um programa surpreendente de público direto.
Dados do boletim "RP em ação", dezembro de 2008.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
A nova mídia nas eleições
Lí e gostei:
A internet potencializa as conversas sobre política e facilita a formação de um consenso, e essa é uma tendência irreversível. É o que diz o nova-iorquino Andrew Rasiej, que criou o site TechPresident para “cobrir como os candidatos à presidência estão usando a web e como o conteúdo gerado pelo eleitor afeta a campanha”.
A entrevista é de Camila Viegas-Lee e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 03-11-2008. Eis a entrevista.
Em 2004, você dirigiu o Conselho para Tecnologia de Howard Dean (pré-candidato democrata), a primeira campanha que usou o potencial da web. Como foi?
Ele era um desconhecido governador de Vermont que deixou um grupo de garotos de 25 anos em seu escritório enquanto levantava fundos. Na época ele era o único democrata que afirmava publicamente que o presidente George W. Bush (depois reeleito) estava errado. Então cidadãos frustrados com Bush ligavam para o escritório de Dean e pediam autorização para criar blogs de apoio. E os garotos diziam “claro!”. Assim surgiram sites como Lésbicas para Howard Dean, Donos de Harley Davidson’s para Howard Dean, Vegetarianos para Howard Dean, etc. Formou-se uma comunidade vibrante de bloggers. Meses depois, Howard foi a Nova York e seu assessor Joe Trippi recebeu uma ligação dizendo que um grupo de amigos queria encontrá-lo.Trippi respondeu que não havia agenda até saber que eram 300 amigos. “300? Vamos mudar nossa programação.” No grupo, havia um jornalista do “NYT” que escreveu sobre como a reunião só tinha sido possível por causa de uma plataforma online chamada Meetup. E assim nasceu o candidato da internet.
Mas ele não foi escolhido candidato do Partido Democrata...
Howard teve dificuldades em delegar. Estava acostumado com “eu sou o candidato e vocês devem me apoiar” e não com “vocês têm o poder”. Mas arrecadou US$ 22 milhões online e hoje é presidente do Partido Democrata.
Qual é a diferença com a campanha deste ano?
Hoje 60% dos americanos têm acesso à banda larga, o dobro de 2004, e 50% dizem procurar informação política na rede. As ferramentas para a organização de grupos estão muito mais poderosas. Se eu indicar um restaurante, você ficará mais inclinada a experimentá-lo do que se lesse no jornal. A opinião política também é formada por pessoas conversando ao redor da mesa, no bebedor, na fila do supermercado, na arquibancada do jogo. É lá que elas mostram seus preconceitos e medos, suas aspirações e, aos poucos, um consenso político se forma. Meu pai tem 82 anos e tem pouca familiaridade com emails, mas já mandou vídeos do Obama a 50 amigos. Teria levado um ano para comunicar sua escolha política aos mesmos 50 amigos. E não teria pego o telefone porque se sentiria muito intrometido. Com o YouTube, tornou-se um panfletário do século 21. A ecologia da mídia política mudou.
Como as ferramentas online ajudaram Obama?
Ele sabe que seus eleitores distribuirão os vídeos para ele e, com isso, ultrapassou as estruturas tradicionais de poder da mídia política. Vivemos em uma economia de escassez, com espaço limitado no jornal e na televisão. Na internet, Obama pode postar explicações detalhadas de suas posições. Seus discursos foram assistidos 8 milhões de vezes no YouTube. Isso além dos comerciais de dois minutos e o infomercial de meia hora a uma semana das eleições. Ele percebeu que os americanos estão famintos por conteúdo e essas diferentes plataformas estão permitindo que ele fale sem parar.
E como está a campanha de McCain na internet?
Ele também está arrecadando fundos e montando uma lista enorme de emails. Seus eleitores também postam vídeos. Há um particularmente impressionante, já visto 15 milhões de vezes, em que um jovem veterano do Iraque diz diretamente para a câmera que Obama não compreende o que é patriotismo. Ao virar as costas para sair, percebe-se que ele tem uma perna biônica. Mas McCain começou tarde, quando Obama já fazia campanha online havia 18 meses. Não separou dinheiro para investir na web, não se cercou de pessoas que acreditavam no meio, não foi capaz de construir uma comunidade online robusta.
Obama anunciou que Joe Biden seria seu vice por mensagem de texto.
Ele também usa twitter. Isso permitiu que ele colecionasse 3 milhões de números de celulares e direcionasse os eleitores para o site. Assim ele obtém ainda mais dados sobre eles e, depois, poderá usá-los para incentivar as pessoas a votar. O cálice sagrado da internet é converter o entusiasmo online em ação offline.
Você tem dito que, independentemente de quem vença, a política nunca mais vai ser a mesma. Por quê?
Se o Obama vencer, poderemos afirmar que foi por causa da internet. Algumas pessoas vão dizer que foi porque a economia está mal, porque ele é carismático ou por outras razões. Há vários fatores, mas, se hoje não se vence só por causa da internet, é certo que não dá para vencer sem ela. Fonte:Fórum Nacional de Democratização da Comunicação.
A internet potencializa as conversas sobre política e facilita a formação de um consenso, e essa é uma tendência irreversível. É o que diz o nova-iorquino Andrew Rasiej, que criou o site TechPresident para “cobrir como os candidatos à presidência estão usando a web e como o conteúdo gerado pelo eleitor afeta a campanha”.
A entrevista é de Camila Viegas-Lee e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 03-11-2008. Eis a entrevista.
Em 2004, você dirigiu o Conselho para Tecnologia de Howard Dean (pré-candidato democrata), a primeira campanha que usou o potencial da web. Como foi?
Ele era um desconhecido governador de Vermont que deixou um grupo de garotos de 25 anos em seu escritório enquanto levantava fundos. Na época ele era o único democrata que afirmava publicamente que o presidente George W. Bush (depois reeleito) estava errado. Então cidadãos frustrados com Bush ligavam para o escritório de Dean e pediam autorização para criar blogs de apoio. E os garotos diziam “claro!”. Assim surgiram sites como Lésbicas para Howard Dean, Donos de Harley Davidson’s para Howard Dean, Vegetarianos para Howard Dean, etc. Formou-se uma comunidade vibrante de bloggers. Meses depois, Howard foi a Nova York e seu assessor Joe Trippi recebeu uma ligação dizendo que um grupo de amigos queria encontrá-lo.Trippi respondeu que não havia agenda até saber que eram 300 amigos. “300? Vamos mudar nossa programação.” No grupo, havia um jornalista do “NYT” que escreveu sobre como a reunião só tinha sido possível por causa de uma plataforma online chamada Meetup. E assim nasceu o candidato da internet.
Mas ele não foi escolhido candidato do Partido Democrata...
Howard teve dificuldades em delegar. Estava acostumado com “eu sou o candidato e vocês devem me apoiar” e não com “vocês têm o poder”. Mas arrecadou US$ 22 milhões online e hoje é presidente do Partido Democrata.
Qual é a diferença com a campanha deste ano?
Hoje 60% dos americanos têm acesso à banda larga, o dobro de 2004, e 50% dizem procurar informação política na rede. As ferramentas para a organização de grupos estão muito mais poderosas. Se eu indicar um restaurante, você ficará mais inclinada a experimentá-lo do que se lesse no jornal. A opinião política também é formada por pessoas conversando ao redor da mesa, no bebedor, na fila do supermercado, na arquibancada do jogo. É lá que elas mostram seus preconceitos e medos, suas aspirações e, aos poucos, um consenso político se forma. Meu pai tem 82 anos e tem pouca familiaridade com emails, mas já mandou vídeos do Obama a 50 amigos. Teria levado um ano para comunicar sua escolha política aos mesmos 50 amigos. E não teria pego o telefone porque se sentiria muito intrometido. Com o YouTube, tornou-se um panfletário do século 21. A ecologia da mídia política mudou.
Como as ferramentas online ajudaram Obama?
Ele sabe que seus eleitores distribuirão os vídeos para ele e, com isso, ultrapassou as estruturas tradicionais de poder da mídia política. Vivemos em uma economia de escassez, com espaço limitado no jornal e na televisão. Na internet, Obama pode postar explicações detalhadas de suas posições. Seus discursos foram assistidos 8 milhões de vezes no YouTube. Isso além dos comerciais de dois minutos e o infomercial de meia hora a uma semana das eleições. Ele percebeu que os americanos estão famintos por conteúdo e essas diferentes plataformas estão permitindo que ele fale sem parar.
E como está a campanha de McCain na internet?
Ele também está arrecadando fundos e montando uma lista enorme de emails. Seus eleitores também postam vídeos. Há um particularmente impressionante, já visto 15 milhões de vezes, em que um jovem veterano do Iraque diz diretamente para a câmera que Obama não compreende o que é patriotismo. Ao virar as costas para sair, percebe-se que ele tem uma perna biônica. Mas McCain começou tarde, quando Obama já fazia campanha online havia 18 meses. Não separou dinheiro para investir na web, não se cercou de pessoas que acreditavam no meio, não foi capaz de construir uma comunidade online robusta.
Obama anunciou que Joe Biden seria seu vice por mensagem de texto.
Ele também usa twitter. Isso permitiu que ele colecionasse 3 milhões de números de celulares e direcionasse os eleitores para o site. Assim ele obtém ainda mais dados sobre eles e, depois, poderá usá-los para incentivar as pessoas a votar. O cálice sagrado da internet é converter o entusiasmo online em ação offline.
Você tem dito que, independentemente de quem vença, a política nunca mais vai ser a mesma. Por quê?
Se o Obama vencer, poderemos afirmar que foi por causa da internet. Algumas pessoas vão dizer que foi porque a economia está mal, porque ele é carismático ou por outras razões. Há vários fatores, mas, se hoje não se vence só por causa da internet, é certo que não dá para vencer sem ela. Fonte:Fórum Nacional de Democratização da Comunicação.
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